quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Capitulo 20


Pizza fria
Já estava começando a escurecer. Nicoly e Norie conversavam na sala. Nicoly ainda estava triste pelo desentendimento com Marcos, tinha os olhos inchados por ter chorado um pouco.
-Você vai ver. Amanhã ele já vai ter esquecido isso. Eu conheço o Marcos. –disse Norie confiante.
-Assim espero. – disse Nicoly após um soluço.
Logo bateram a companhia.
-Eu atendo. –Nicoly gritou para que dona Julia ouvisse.
Ela caminhou até o portão, amarrando os cabelos que estavam se soltando. Abriu o portão e se deparou com Eric.
-Oi? Tudo bem?- disse ele olhando para ela e percebendo que nada parecia bem- Que pergunta idiota. Mas, hoje é seu dia de sorte. Um belo rapaz vai levá-la para comer pizza na sorveteria. – terminou com um sorriso.
-Eu vou pegar um moletom. –disse ela desanimada.
- Nossa! – disse ele espantado.
-O que foi? – disse ela sobre os ombros.
-Você nem perguntou quem é o rapaz. Isso é bom. Significa que você me acha um belo rapaz. – concluiu ele.
-Entra e fique a vontade. – disse ela após dar um sorriso sério.
Eles entraram e Eric ficou na sala conversando com a Norie enquanto Nicoly foi buscar um moletom. Assim que ela voltou, eles despediriam de Norie.
-Então Norie a gente vai indo. Na próxima você vai. Vou levar essa moça para espairecer. – disse Eric passando o braço em volta Nicoly.
-Ok. Vou ler mais um pouco do livro que a professora de Literatura pediu para fazer um trabalho e vou dormi. O meu dia foi longo hoje. – Disse Norie abrindo a boca.
Eles saíram e foram para a sorveteria que ficava dois quarteirões da casa de Nicoly. Sentaram em uma mesa no canto e fizeram o pedido.
-Eu nem te agradeci por tudo o que você esta fazendo por mim. – disse Nicoly.
-Não é nada. Só não gosto de ver meus amigos brigados. – Eric disse sincero.
-Muito obrigada. – disse Nicoly colocando a mão por cima da mão de Eric que sorri.
Nicoly sempre gostou da companhia de Marcos. Ele é alegre, divertido e muito carinhoso, mas tanta proximidade a afastou daquele que ela realmente gosta. Essa briga teve ate seu lado positivo, pois Eric agora estava ali bem ao seu lado.
-Olha quem esta ali. – disse Eric soltando a mão de Nicoly e acenando para um lado logo atrás de Nicoly.
-Marcos?! – diz ela olhando para trás e em seguida olha para Eric.
Marcos se aproxima.
-Agora eu entendi tudo. Chamou-me aqui para conversa com ela. Armou tudo isso né, Bryan? – disse ele revoltado e Nicoly parecia confusa.
-Marcos vocês precisam conversa. – disse Eric cabisbaixo.
-Você me chamou aqui só para conversa com ele? – disse Nicoly chateada. –Eu não tenho nada a dizer, quem tem que pedir perdão pra mim é ele. – ela disse cruzando os braços
-Até parece. – disse Marcos pra Nicoly – Entenda de uma vez Eric. Eu não quero falar com essa caipira traidora.
Eric tentava acabar com a briga.
-Eu não sou caipira e muito menos traidora. Eu já disse que não fiz nada daquilo. Mas, você tem que ser eternamente grato por quem fez. Porque é um milagre aqueles rabiscos seus ter ganhado alguma coisa. – disse Nicoly brava e quase gritando.
-Nicoly?! – Eric não sabia nem o que dizer mais.
-Rabisco? Pelo menos não fui eu que estava enchendo meus desenhos de elogios. Ah, quer saber eu vou embora. – disse e saiu bravo.
-Eu também. – Nicoly foi embora.
Eric ficou sem saber pra que lado ir. A garçonete chegou com a pizza.
-Por favor. Embrulha pra viagem. – disse acanhado.
Ele pegou a pizza e foi para a casa da Nicoly.
Já na sala de jantar da casa da Nicoly.
-Eu sei que agi errado. Mas, você não poderia ter chamado ele. Você viu o que ele disse? – Nicoly se explicava com raiva para Eric- Me chamou de caipira e traidora. Ele conseguiu ser pior que a Emily. - Eric só balançava a cabeça. – Você não devia ter feito isso.
-Desculpa Nick, eu pensei que ele já estivesse calmo. Como eu te disse não gosto de ver meus amigos brigados. – disse Eric de cabeça baixa.
-Eric Bryan, você não pode mudar todos os problemas do mundo. – disse ela tentando sorri pra tirar toda má impressão que ela deixou.
-Eu sei. Mas, estou tentando. – Eric sorriu – Que tal a gente comer essa pizza logo, porque estou com uma fome e ai você esquece a raiva que esta sentido de mim.
-Eu não estou com raiva de você, seu bobo. Só quero que pelo menos este problema você não tente resolver. Ok? Por que se você tentar ai sim é que vou ficar com raiva. Deixe que isso se resolva com o tempo ou quando o Marcos me pedir desculpa. - disse ela tentando encerar o assunto. – E vamos comer que estou com fome.
-Só mais uma coisa e eu paro. Você sabe que o Marcos não é grosseiro e jamais iria querer te ofender, sei que não há motivo para ele falar aquilo pra você, mas por um minuto se coloca no lugar dele. – Nicoly cruzou os braços para escutar – Como se sentiria se fosse revelado a uma escola inteira a pessoa que você gosta? E ainda mais. E se essa pessoa te rejeita? Pensa nisso. – terminou ele e Nicoly abaixou a cabeça e engoliu a seco. –Não estou falando isso para se sentir mal, mais só pra explicar a raiva dele. Os homens também sofrem por amor Nicoly. – disse isso e abraçou-a.
-Epa! – disse Bob entrando na cozinha.
Nicoly e Eric ficaram sem graça.
-Não é nada do que esta pensando. – disse Eric. – Quer se sentar com a gente e comer uma pizza fria?
-Claro. – disse Bob se sentando.
-Não vai ser pizza fria eu vou esquentar no microondas. Aqui nesta casa tem uma mulher que sabe cozinhar. - disse Nicoly cheia de si pegando a pizza e colocando no microondas que fica na cozinha bem ao lado da sala de jantar.
-É claro que tem. E se chama Dona Julia. – disse Bob e ele e Eric riram.
-Até tu? – disse Nicoly a Eric quando apareceu na porta.
Logo depois eles deliciaram a pizza e conversaram até tarde. Nicoly curtiu muito cada momento com o tio e Eric. Ela queria que a noite não acabasse mais.
-Olha! Quando namorar essa garota, você cuida bem dela. Ela é muito especial. – disse se referindo a Nicoly.
-Tio! – Nicoly repreendeu o tio.
-Tudo bem. Eu cuido. – Confirmou Eric.
-Eric! – Nicoly repreendeu Eric.
-Vai falar que não gostou de ouvir isso? – perguntou Bob.
-Esse não é o caso. – respondeu ela
-Hum... – Eric e Bob olharam um para o outro.
Nicoly conseguiu entender porque se olharam.
-Nicoly! – disse ela se repreendendo.
E os três riram.
Bob e Nicoly foram deixar Eric em casa porque já era tarde. No caminho Nicoly seguiu calada enquanto os dois conversavam. Ela estava muito feliz. Fazia algum tempo que gostaria de passar uns momentos a sós com Eric, mas não dava. Apesar de o tio estar junto foi muito divertido. Quando deixaram Eric em casa Nicoly se lembrou que um dia terá que dizer adeus pra valer, pois Eric iria fazer faculdade fora do Brasil. Só de pensar nisso deu um aperto no coração.
-Amanhã minha tia estará chegando. Ela vai querer que eu a ajudo na inauguração da galeria, mas a gente se vê na escola e na igreja e eu vou mandar os convites para a inauguração. Ok? – disse ele dando o ultimo abraço da noite em Nicoly.
Ela só sorriu. Não conseguiu dizer nada, pois ainda estava perdida em seus pensamentos. Entrou no carro e acenou.
-Até mais. – disse ela

Capitulo 19


Igual às outras.


O sol brilhava muito logo pela manhã. E Nicoly encontrava-se deitada ainda. Até que ouve umas batidas na porta.
-Nicoly, você já esta pronta? – Era Norie sua prima.
Nicoly deu um salto da cama. Não acreditava que sua prima estava de pé e ela continuava dormindo. Ela sempre acordou cedo quando morava na fazendo, mas esta vida agitada da cidade esta mudando sua rotina e até um pouco de seu comportamento tímido.
-Daqui dez minutos eu desço. – Gritou correndo para o banheiro.
Tomou um banho rápido, escovou seus dentes, trocou de roupa, passou um pente nos cabelos quase lisos, pegou a bolsa e saiu correndo. Descendo as escadas quase pisou em falso no ultimo degrau. Pelo menos se caísse não seria um tombo grande.
Chegando à cozinha procurou a Norie por todos os lados, mas nada dela só encontrava Marlon seu primo tomando café.
-Cadê a Norie? – perguntou confusa.
-Ela disse que precisava ir logo não sei por que, ai o tio Bob a levou. – explicou Marlon.
-Tudo bem. – disse desanimada e sentando em seguida. – Vou chegar atrasada mesmo.
-Se você quiser eu te levo. –disse Marlon.
Nicoly só deu um sorriso e começou a tomar seu café.
-Como você vai me levar? – disse ela pensando um pouco.
-Esses dias você tem estado tão ocupada com seu amigo Marcos que nem notou que a vovó me deu um carro. – respondeu Marlon meio pra baixo
- Hum... Que legal. – disse ela – Esta tudo bem com você Marlon? – perguntou notando o primo um pouco abatido.
-Comigo? Cla... claro – disse gaguejando – Por que não estaria?
-Não sei. Parece que você esta triste. – ela insistia
-Eu estou bem. Eu tenho que esta bem. Eu ganhei um carro. Não seria um motivo pra se estar feliz? – disse ele
-Sim. Mas não parece que acabou de ganhar um carro. Estou preocupada com você. – disse sinceramente ao primo.
-Não se preocupa Nicoly. Eu estou bem, ta ok? – Marlon falou com um sorriso fraco.
-Tudo bem. Mas, vou me lembrar sempre de você nas minhas orações. – disse ela terminando a conversa. – E se precisar conversa lembre-se que eu estou aqui.
-Ok.
O que estaria acontecendo com o Marlon? Ele não me engana. Tem alguma coisa de errado e eu vou descobrir. – pensou Nicoly entrando no carro novo dele. – Quem sabe esta tristeza toda não será uma porta para a alegria de Deus entrar?
 Os dois quase não conversaram no caminho para o colégio. Falaram um pouco do clima, da escola e alguns comentários sobre o carro. Nicoly até pensou em falar coisas da igreja, de tudo que Deus fez de maravilhoso na sua vida, de como é eternamente grata por tudo que Deus lhe deu como a família, os amigos e os momentos vividos com pessoas tão queridas, mas se deteve e fez só alguns comentários. O primo ainda não é acessível para falar das coisas de Deus.
-Pronto chegamos! – disse ele estacionando o carro – A que horas quer que eu a busque senhorita?
-No horário de sempre Joseph. – disse imitando voz de madame.
-Joseph? – disse ele confuso.
-Sim. Nos filmes e nas novelas a maioria dos mordomos ou motoristas se chamam Joseph. – explicou Nicoly.
-É que eu não assisto muito filme. A gente podia assistir algum filme um dia desses. – ele sugeriu.
-Pode ser. –concordou ela sorrindo.
-Na minha casa ou na sua? – disse ele fazendo graça.
-Olha não sei vou ter que ver. Minha mãe não gosta muito que eu vá à casa de rapazes solteiros. – disse ela entrando na brincadeira.
-Ainda bem que minha mãe não é careta. Então vai ser na sua casa depois combinamos a hora. Ok? – ele falava rindo
Ai, ai, ai. Esse Marlon. Não é à toa que é irmão da Norie. Falando nela acho que dá pra falar com ela ainda. Faltam cinco minutos para tocar o sinal. Me deixa correr. – Nicoly pensou enquanto entrava na escola.
Ela procura a prima na sala e lá ela não estava então decidiu procurar na cantina da escola. E lá ela teve sucesso. Norie, Marcos, Eric e Karla estavam reunidos em uma mesa. Mas, parecia que as coisas não estavam nada bem. Marcos estava com uma expressão indecifrável. Quando avistaram Nicoly a seguiram com o olhar. Isso fez com que ela chegasse sem graça até eles.
Será que fiz alguma coisa errada? – pensou
Oi. Tudo bem? – disse com um sorriso nervoso.
Alguns sorrisinhos sem graça mais nada de “oi” ou “Tudo bem”
-A gente tava aqui conversando... – principio Eric para aliviar a tensão
- O que você acha? Deveria estar tudo bem? – perguntou Marcos zangado interrompendo Eric
-Do que esta falando? – Nicoly deu de ombros.
Nicoly pensou que tudo não passava de uma brincadeira, mas mesmo assim estava nervosa então tentou mudar o assunto. Avistou um jornal em cima da mesa e o pegou rapidamente.
- Que legal o jornal da escola. Vocês já sabem quem foi que ganhou para ser cartunista? – disse ela se voltando para os amigos e depois dando uma olhada rápida no jornal.
-Você não consegue adivinhar? – pergunta Marcos se levantando.
Nicoly olhava para o jornal enquanto Marcos falava. Ela estava surpresa, pois o desenho da primeira pagina era de Marcos. E a noticia era que Marcos era o ganhador do concurso.
-Marcos... – Nicoly não entendia.
-Extra, extra otário entra para o jornal! – disse ele gritando – O pior de tudo é que eu achei que você era minha amiga. Eu confiei em você.
-Como assim? Não fui eu. – Nicoly tentou se explicar.
- Ah, ta. E quem foi à única pessoa que pegou meus desenhos?
- Marcos você não pode julgá-la. Ela tem que se explicar. Nós todos conhecemos a Nicoly e sabemos que ela não seria capaz de fazer isso. –Eric tentou acalmá-lo.
-O Eric tem razão. – Disse Karla.
-Vocês podem até estarem certo, mas ela é a única que insistiu para eu participar do concurso e a única que pegou nos meus desenhos. Então até que se prove o contrario eu não conheço a Nicoly. – Marcos disse magoado.
- Marcos você me conhece sim. Sabe que eu sou sua amiga e jamais faria isso com você. – Nicoly falou quase chorando.
- Valeu Nicoly. – disse ele dando as costas e logo se virou pra ela – Eu pensava que você fosse diferente, mas eu estava enganado. Você é igual às outras. – ele pega e sai.
Norie, Eric e Karla olham para Nicoly.
-Gente eu não fiz isso. – Nicoly engole o choro. - Ele é o meu melhor amigo eu jamais faria isso com ele.
-A gente sabe Nick. – Norie vai até a prima e dá um abraço nela.
- Dê tempo ao Marcos. Ele vai perceber o engano logo, logo. – Disse Eric tentando acalmá-la.

Capitulo 18

Os desenhos de Marcos
 
Sexta-feira ultima dia de aula da semana. O sinal toca e Marcos e Nicoly se encontram e vão juntos para seus armários guardar alguns livros. Eles não percebem, mas alguém esta vigiando eles sem ser notada.
-Finalmente vou poder dormi até mais tarde. – diz Marcos abrindo seu armário.
-E quanto é mais tarde pra você? – pergunta Nicoly pegando a chave do seu armário na bolsa.
Quando Marcos iria responder seu celular tocou.
-Alo? –disse ele atendendo ao telefone. – Tá. Já estou indo. - e desliga o celular.
Ele começa colocar suas coisas no armário rapidamente, fazendo barulho, assustando assim a Nicoly que deixa algumas coisas cair e Marcos sem perceber deixa cair um de seus cadernos com algumas folhas soltas.
-Ai! Que pressa é essa? – disse Nicoly após o susto.
-Desculpa. Meu pai esta ai na frente me esperando e eu tenho que ir logo por que ele tem uma viagem pra fazer. E sabe como é moro longe e to com fome. – diz fechando seu armário com o cadeado – A gente se vê depois, ta?- e dá as costas para Nicoly.
-Ok.- disse ela terminando de guardar suas coisas e logo em seguida agachou para pegar as coisas do chão.
Uai! Esse caderno não é meu. – Pensou e logo em seguida colocou a mão na boca. – é do Marcos.- estava surpresa pois era os desenhos e agora sabia do segredo dele.
Como o caderno caiu aberto algumas folhas se espalharam e Nicoly pode ver os desenhos dele. Imediatamente ela catou suas coisas, fechou seu armário, juntou tudo o que viu no chão que pertencia a Marcos e saiu correndo ver se o alcançava. Tentativa em vão, ele já havia ido embora.
Já em casa ela tentava ligar para ele. Só que ninguém atendia.
-O que eu vou fazer? – disse olhando para Norie.
-Talvez haja algum problema na linha telefônica. É melhor você ir levar pessoalmente. – disse Norie confiante.
-Mas, e se ele ficar com raiva por eu ter visto. Eu juro que não queria. – Nicoly parecia amedrontada.
- Nicoly antes você do que cair em mãos erradas. – disse Norie séria. – Agora. Fala sério. Ele desenha muito bem mesmo né?  Faz tempo que não vejo os desenhos dele. Deve ter novos desenhos maravilhosos. Deixa-me ver? – Norie continuou animada.
- Olha Norie, eu só vi por que caiu aberto, mas não fiquei folheando. Acho que é melhor não vermos. Acredite,  já vi o suficiente. Estou até sem graça para entregar. – pensou. – Agora muita coisa faz sentido.
-É tem razão. Não é bom deixar o Marcos bravo com a gente. Né, Nicoly? – Norie esperou uma resposta da Nicoly. – Né, Nicoly? Ta viajando? – disse acenando com a mão na frente dela.
-Eu só estava pensando. Ele realmente entraria para o jornal da escola com seus desenhos. São perfeitos. - disse admirada.
-É. Mas, não adianta. O Marcos é legal, mas acaba sendo muito nervoso quando não quer fazer algo. É melhor deixar ele quieto.
-Hum...
De tarde Nicoly foi até a casa do Marcos para entregar o caderno. Estava temerosa por dois motivos. Primeiro: E se não tivesse ninguém lá? Segundo: Com que cara vai dizer a ele que viu os desenhos dele, o seu paraíso secreto.
Ela tocou a companhia e logo foi atendida pela mãe de Marcos que a convidou para entrar. Um pouco tímida Nicoly aceitou o convite. Logo a mãe de Marcos estava servindo um bolo de cenoura com um suco de laranja. Que por coincidência é o lanche da tarde favorita de Nicoly. A mãe de Marcos a dona Diana é super simpática e ótima pra conversa. Ficaram conversando por meia hora até Nicoly dizer para o que realmente ela veio.
- E o Marcos? Ele esta em casa? – disse acanhada
-Sinto muito querida. Ele foi com o pai viajar, só volta no domingo depois do almoço. – disse Diana amavelmente.
Agora sei quem o Marcos puxou. É tão meigo quanto à mãe. – Pensou ela
-Ah, que pena. Eu gostaria muito de falar com ele. Então domingo eu volto. – Nicoly falou um pouco aliviada.
-Tudo bem. Mas, espero que volte mais vezes para conversamos. – Diana falou sorrindo.
-Com certeza. – encerrou Nicoly.
Agora ela não sabia o que fazer. Quanto mais demorava em entregar o caderno mais ficava ansiosa. Nicoly não via a hora de essa aflição toda terminar. O domingo parece que não iria chegar nunca. O sábado ensolarado fazia com que a ansiedade aumentasse. Ela tentou diversas vezes ligar para Marcos, mas parece que onde ele estava não  tinha sinal ou o celular dele estava sem bateria.
- Nicoly telefone pra você. – dona Julia a empregada disse. – Disse que é seu amigo Marcos.
Nicoly pulo da cadeira mais assustada do que vontade de atender ao telefone. Já tinha acabado de almoçar então não se importou de se retirar da mesa.
- Ta assustada por quê? Cometeu algum crime? – perguntou Marlon que estava ao seu lado.
-Não. - Se virou rapidamente e saiu correndo para atender ao telefone.
Marcos e Nicoly combinaram de se encontrar na sorveteria. Lá Nicoly explicou tudo o acontecido. E para sua surpresa e alivio Marcos não estava nem um pouco bravo. Ele sabia que ela não tinha culpa de nada.
-Sem querer você acabou descobrindo meu segredo. – disse com um sorriso.
- Acredito que isso deve ficar entre a gente né? – disse Nicoly.
- Posso confiar em você, né?
- É claro. Só mais uma coisa?! – disse ela fazendo dengo.
-Diga.
-Posso ver o resto?
Ele balançou a cabeça concordando. A cada desenho era um elogio.
-Você não sabe a aflição que eu passei carregando seus desenhos. O medo que dava se alguém pegasse. Mas, cuidei direitinho para que isso não acontecesse. – disse Nicoly super aliviada.
- Nossa! Você guardou o meu tesouro como se fosse seu. - disse ele admirado. – É por isso que eu gosto de você. Acho que vou poupar de comprar um cofre para guardar meus tesouros e entregá-los todos a você.
-Não, não. Com você eles estão mais seguros. Não quero passar por essa ansiedade de novo. – disse corada.
-Tudo bem Nick, o pior já passou. Já ta tudo acabado. – disse ele convicto.
- É... – Nicoly sorriu.
Por que estou com a sensação que só começou. – Pensou Nicoly











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